O secretário Geraldo Reis, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, e o maestro e fundador do programa Neojiba, Ricardo Castro, apresentaram à imprensa, na tarde de hoje (23), no palco principal do Teatro Castro Alves, a turnê internacional do grupo à Europa. A coletiva foi realizada antes do último concerto Pré-Turnê Europa, que a Orquestra Juvenil da Bahia realiza no Teatro Castro Alves, logo mais, às 20h.
Mais de 100 músicos, além da equipe técnica e de produção, embarcam nesta quinta-feira (23) à Europa para representar a Bahia em grandes teatros e festivais internacionais.
"Este é mais um resultado da consolidação do Neojiba como estratégia de crescimento humano e transformação social aliado à excelência musical. O Neojiba tem hoje 77% de jovens com perfil CadÚnico e 66% deles são originários de famílias com renda de até 2 salários mínimos", disse o secretário Geraldo Reis, ressaltando a importância do esforço e disciplina dos jovens músicos e da liderança do maestro Ricardo Castro.
Segundo os gestores, o acompanhamento social aos integrantes do programa vem trazendo resultados positivos, como a permanência na escola e o aumento do rendimento escolar.
"Em termos de Brasil, é inédito uma instituição musical que, com oito anos de existência, já tenha realizado seis turnês internacionais. E não são pequenas turnês, são turnês de prestígio", afirmou Ricardo Castro.
Turnê - Durante a coletiva, o maestro apresentou o roteiro dos 11 concertos que serão realizados na Suíça, Itália e Paris pela Orquestra Juvenil da Bahia, durante os dias 26 de agosto e 13 de setembro de 2016. São 104 músicos entre 14 e 29 anos participam da Turnê Europa 2016, que terá como regente Ricardo Castro, e como solistas, duas das maiores musicistas da atualidade: a pianista Martha Argerich e a violinista Midori Goto.
O Neojiba será a orquestra residente do Festival de Montreaux e irá se apresentar nas principais salas da França e Itália.
Esta é a segunda turnê internacional do Neojiba com todas as despesas pagas por promotores internacionais - outro fato inédito para orquestras brasileiras.
"Estamos realmente diante de uma grande viagem. Essas turnês foram pensadas para proporcionar aos jovens uma abertura de espírito; uma experiência de contato com a fonte da arte que a gente pratica, com outras culturas, outras línguas, outras formas de organização social", explicou Castro.
"Antes do Neojiba, a Bahia não existia no universo da música clássica ocidental. Agora, somos reconhecidos como um estado em que se faz essa música. Para nós, é muito mais do que executar obras, é realizar um sonho e mostrar para outros jovens que é possível", disse o músico Uriel Borges, 19 anos.