Enquanto o saldo de crédito no país encerrou 2016 com queda de 3,5%, as renegociações de empréstimos tiveram uma alta superior a 30% até o final do ano passado
Uma da consequência da crise econômica que o país vive é uma contração histórica do crédito. Em contrapartida o número de dívidas renegociadas nos bancos não para de crescer. No final de ano passado, empréstimos que tiveram o prazo ou as condições modificadas alcançaram R$ 416 bilhões, alta de 37% no ano, de acordo com o Banco Central. O BC considerou tanto as renegociações convencionais, como o alongamento de prazos, troca de modalidades e revisão de custos, como as chamadas operações reestruturadas, que ocorre quando a instituição financeira abre mão de parte do principal e não só dos juros.
O advogado Eduardo Ferracini, sócio do escritório Rocha, Ferracini, Schaurich acredita que a situação econômica do Brasil ainda é muito delicada e os números de dívidas renegociadas tendem a aumentar.
- Quando os processos de renegociação iniciaram havia uma expectativa de piora na economia, mas a recessão se revelou mais severa e longa do que o inicialmente esperado. Por isso, os bancos dão como certo que parte destas dívidas passará por uma nova renegociação – explica Ferracini.
O movimento de refinanciamento de dívidas começou a aumentar no país a partir de 2015, quando empresas que tiveram recuo na receita em consequência da queda em vendas ou serviços e a conta despesas x receita tornou as dívidas impagáveis. Pessoas físicas passaram por problema semelhante ao perderam o emprego e assim a capacidade de quitar seus financiamentos. A situação econômica está tão crítica que em alguns casos, nem mesmo o alongamento de prazos e a concessão de um prazo de carência foram suficientes para evitar a inadimplência.
Porém, as novas renegociações de dívidas já têm registrado um desempenho melhor por parte das empresas. O número de pedidos de recuperação judicial caiu de 409, no primeiro trimestre do ano passado, para 322, nos três primeiros meses de 2017.
Sobre o Rocha, Ferracini, Schaurich Advogados Associados
Sob a inscrição na OAB/RS nº 423, há quase duas décadas, o escritório Rocha, Ferracini, Schaurich Advogados Associados soma valor intelectual a negócios que possuem o objetivo claro de protagonizar as áreas em que atuam. A análise jurídica, preventiva ou corretiva, é sempre disponibilizada por meio do atendimento personalizado de um dos sócios-fundadores do escritório, que atuam há mais de 30 anos no Direito Empresarial de corporações de médio e grande porte.