“Bebida energética” feita de urina nos best-sellers. Documentário deixa Amazon sob fogo

Publicado por: Editor Feed News
22/10/2023 10:21:38
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Imagem: Fontes abertas
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Uma nova investigação do Channel 4, no Reino Unido, aponta várias falhas da Amazon na verificação dos produtos que vende e faz críticas às condições de trabalho impostas pela empresa.

 

O documentário “The Great Amazon Heist”, exibido no Channel 4 do Reino Unido, está novamente a deixar a gigante de e-commerce Amazon sob fogo. Criado pelo jornalista Oobah Butler, o documentário focou-se nas condições de trabalho inadequadas dos funcionários, suspeitas de pressões para impedir a sindicalização e falhas nos procedimentos de verificação dos produtos vendidos na plataforma.

 

Butler, famoso pelas suas façanhas e truques, começou a sua investigação infiltrando-se num centro de distribuição da Amazon em Coventry, Reino Unido. Lá, o réporter documentou condições de trabalho perigosas, incluindo caminhões quentes sem ventilação adequada e a vigilância constante aos funcionários, escreve a Wired.

 

O jornalista também estava presente durante a contratação em massa que a Amazon fez no centro de Conventry. De acordo com o sindicato GMB, estes novos funcionários foram recrutrados propositadamente pela Amazon para oscilarem o voto contra a sindicalização, algo que a empresa nega.

 

Um dos pontos mais controversos da exposição foi o lançamento de “Release”, uma bebida energética fictícia feita a partir de urina dos motoristas da Amazon, que não têm tempo para fazer pausas para ir à casa de banho devido às exigências da empresa, tendo alguns de urinar em garrafas.

 

A urina foi transformada em "produto" e conseguiu alcançar o estatuto de best-seller na categoria de “Bitter Lemon” da plataforma, demonstrando falhas no sistema de verificação de produtos da Amazon. Butler também utilizou o comando de voz Alexa para fazer com que as suas sobrinhas menores de idade comprassem produtos apenas para adultos, evidenciando falhas nas medidas de verificação de idade da empresa.

 

James Drummond, porta-voz da Amazon, negou as alegações, referindo-se ao documentário como um “truque grosseiro” e defendendo as medidas de segurança e verificação de idade da empresa. No entanto, o documentário colocou em questão o compromisso da Amazon com a segurança e o bem-estar dos seus trabalhadores e clientes, pintando um retrato desfavorável de uma das maiores empresas do mundo.

 

O último segmento do documentário focou-se nas estratégias fiscais da Amazon, criticadas por utilizar arranjos complexos para pagar menos impostos. Nadia Whittome, deputada do Partido Trabalhista, argumentou que a Amazon beneficia da infraestrutura pública e, portanto, deveria contribuir mais para os impostos locais.

 

“The Great Amazon Heist” não apresentou informações necessariamente novas, mas levantou novamente dúvidas sobre a adesão da Amazon ao seu próprio lema de ser “o lugar de trabalho mais seguro da Terra” e “a empresa mais centrada no cliente do planeta”.

 

Adriana Peixoto, Com informações do ZAP (PT)

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