Putin sobreviveu a atentado pouco depois do inicio da guerra

Publicado por: Editor Feed News
24/05/2022 15:54:47
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Decisão de avançar para a Ucrânia tem causado divisões dentro do Governo russo. Kiev revela atentado contra Putin.

 

Por Nuno Teixeira da Silva

 

A invasão à Ucrânia originou muitos protestos contra Vladimir Putin. Não só fora da Rússia, como dentro da Rússia – entre a população e entre o próprio Kremlin de Moscovo, sede do governo russo.

 

Muitos responsáveis (sobretudo os mais velhos) tendem a concordar com o que está a ser feito a nível militar.

 

O maior problema são as centenas de sanções, que estão a afectar a economia nacional.

“Não será possível viver como antes, nem se pode falar em desenvolvimento. Mas de alguma forma conseguiremos viver, com as importações e o comércio com a China e a Índia”, comentou fonte próxima do Kremlin ao portal Meduza..

 

“Os problemas na Rússia por causa da guerra já são visíveis e, a meio do Verão, vão surgir de diferentes direcções: transportes, medicina e até agricultura. Ninguém pensou numa escala destas”, acrescenta.

 

Além das sanções, há outro problema à vista: mesmo que a guerra terminasse já hoje, por iniciativa russa, a população local não voltará a olhar para o Governo do seu país da mesma forma.

 

Assim, quase ninguém dentro do Kremlin está satisfeito com Vladimir Putin, lê-se no portal. Nem membros do Governo, nem empresas.

 

Consideram que o presidente da Rússia não mediu bem as consequências (sanções) da guerra, quando ordenou o início da invasão há três meses.

 

Os especialistas no campo militar também protestam por outro motivo: o ritmo da “operação militar especializada” – muitos terão pensado que, a esta altura, a guerra já estaria ganha; e consideram que poderiam coordenar as forças de uma forma mais eficaz, se estivessem a liderar as operações.

 

Do outro lado, os empresários e funcionários que defendem o fim da guerra também não estão satisfeitos com a ausência de “passos reais” de Putin na direcção de um acordo de paz.

 

Putin continua a insistir na guerra, relativiza as dificuldades económicas – e não relaciona essas dificuldades com a guerra na Ucrânia, indicam outras fontes próximas do Governo.

 

Saída e sucessores…mas silêncio
Assim, a prioridade é: Putin deve deixar de ser presidente da Rússia.

 

Há cada vez mais membros do Governo, e outras autoridades, a querer que Vladimir Putin deixe o seu cargo. Não estão a preparar uma conspiração, não querem derrubar o seu presidente, mas esperam que Putin abandone o cargo em breve.

 

“O presidente errou. Mas depois tudo poderá ser consertado, de alguma forma, chegando a um acordo com o Ocidente e com a Ucrânia”, explica uma fonte.

 

Já há lista de possíveis sucessores, nos bastidores do Kremlin: Sergei Sobyanin (presidente da Câmara Municipal de Moscovo), Dmitry Medvedev (que já foi primeiro-ministro) e Sergei Kiriyenko (vice-presidente do Governo).

 

No entanto, apesar de toda esta contestação, reina o silêncio. Nenhum responsável com alto cargo demonstra que quer que Putin saia da presidência. Os governantes e empresários não gostam do cenário mas continuam a contribuir para a guerra.

 

E acreditam que essa substituição só vai acontecer se o estado de saúde do presidente da Rússia a justificar.

 

Alvo de atentado
Por coincidência, nesta terça-feira, dia da divulgação destas informações, o chefe da direcção-geral de Informações do Ministério da Defesa de Kiev indicou que Vladimir Putin foi alvo de um atentado.

 

De acordo com Kyrylo Budanov, a tentativa de assassinato decorreu pouco depois do início da guerra, que começou no dia 24 de Fevereiro.


“Houve um atentado para assassinar Putin. Inclusivamente diz-se que foi atacado, não há muito tempo, por representantes do Cáucaso“, afirmou Budanov, em entrevista ao jornal Ukrainska Pravda.

 

A tentativa foi “absolutamente falha” e decorreu há cerca de dois meses, acrescentou o responsável.

Originalmente Publicado por: Planeta ZAP

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