Bloquear o WhatsApp só traz beneficios para operadoras de telefonia

As operadoras de telefonia fixa e móvel receberam nesta terça-feira (19/7), nova determinação para bloquearem o serviço de mensagens instantâneas WhatsApp. Novamente, entra em discussão o limite entre a privacidade dos consumidores e a disponibilização de informações pessoais em temas de segurança.

A decisão da justiça do RJ e tantas outras decisões judiciais contra o aplicativo se dá pelo fato da maioria dos magistrados desconhecerem as tecnologias ou melhor dizendo ainda serem magistrado análogicos. Eles não conseguem enxergar que o WhatsApp deixou de ser apenas um aplicativo para troca de mensagens pessoais, e tem sido utilizado como uma eficiente ferramenta para negócios. Seu bloqueio não traz nenhum prejuizo financeiros ao Sr. Zuckerberg, o app é gratuito e nem veicula publicidade portanto só causa prejuízos imediatos para os usuários quem veem ali a porta ou um canal de negócios (que já não andam bem das pernas) e a comunicação com seus clientes. Os únicos beneficiários de fato são as operadoras de telefonia. É a busca de holofotes jamais de uma solução afinal existem outros Apps que fazem exatamente as mesmas coisas como também existem ferramentas e recursos de desbloqueio.

O mercado dispõe de Ferramentas robustas de análise, visualização e de criação de relatórios que permitem aos investigadores organizar, pesquisar, mapear e prospectar dados para identificar padrões de conversas e revelar ligações entre uma ou mais pessoas

Com todos os aparatos tecnológicos disponivel, a cultura investigativa deve tomar novos rumos e usar dessas tecnologias como um fator primordial para solucionar mais rapidamente os casos criminais.

Atualmente, para dar o veredito, o Juiz se baseia cada vez mais em evidencias encontradas não só de forma regular, mas também por meio de telefones celulares, pesquisas realizadas no navegador móvel, aplicativos de mensagens, registos de chamadas, e-mail, GPS, histórico de localização entre outros ativos que podem render um importante conjunto de evidência para investigadores e procuradores.

Acessar, analisar e agir. Para realizar essas três ações utilizando dados móveis cada vez mais complexos são necessárias novas ferramentas mais dinâmicas de combate ao crime.

“Nossas ferramentas dão acesso ao conteúdo armazenado, desbloqueiam a inteligência de fontes de dados móveis díspares e ampliam as capacidades de investigação para o campo, de modo que a informação útil possa ser compartilhada rapidamente. A solução é capaz de acelerar as investigações, unificar equipes e produzir provas concretas”, diz Frederico Bonincontro, diretor Divisão Forense da Cellebrite para a América Latina.

De acordo com Bonincontro um dos maiores desafios da polícia envolve o acesso de aplicativos de mensagens móveis, que estão constantemente mudando e evoluindo. “Ter a capacidade de expor todos os segmentos da memória de um dispositivo usando sistema de arquivo lógico avançado e extrações físicas é fundamental; enriquece o laudo da perícia por meio de acesso aos dados, intactos e excluídos, armazenados no aparelho”, conclui.