COVID-19: testes rápidos podem criar “sensação enganosa de segurança”

Publicado por: Editor Feed News
06/01/2022 11:45:48
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Dimitri Karastelev / Unsplash
Dimitri Karastelev / Unsplash

É importante testar mas já surgiu um aviso oficial: a variante Ómicron consegue “escapar” mais facilmente aos testes rápidos.

 
 

A conceituada FDA, a entidade que regula os medicamentos nos Estados Unidos da América, deixou o aviso há poucos dias: a variante Ómicron não é detectada em muitos testes rápidos antigénio à COVID-19. A variante mais recente do coronavírus consegue “escapar” mais frequentemente nesses testes, comparando com as variantes anteriores.

 

Então os tão famosos – e tão procurados – testes rápidos deixaram de ser úteis? Já não vale a pena realizar os testes antigénio? São questões que mereceram a atenção de Alexander Freund, na versão brasileira da Deutsche Welle.

 

Continua a ser importante testar e utilizar esses testes. As próprias entidades oficiais, sobretudo na Europa, asseguram que se deve confiar no resultado de cada teste
rápido. Embora o caminho passe por “obrigar” toda a gente a realizar testes certificados por laboratório.

 

No entanto, um teste rápido continua a ser uma ferramenta útil para controlar o número de casos confirmados de COVID-19 e para evitar uma maior propagação inconsciente do vírus.

 

O outro lado da questão é: um resultado negativo num teste rápido é garantia a 100 por cento que a pessoa em causa não está infectada? Não. Como vem descrito nas instruções dos próprios testes, não. Assim, a pessoa pode realmente estar infectada mas, ao ver o resultado negativo no teste rápido, volta à sua vida “normal” e pode infectar outras pessoas. Recorde-se: dois dias antes dos primeiros sintomas, já pode haver contágio.

 

Por isso, não se deve fugir dos testes de antigénio mas essa testagem, não sendo completamente fiável, pode criar uma “sensação enganosa de segurança”, avisa Freund.

 

As dúvidas à volta dos testes rápidos foram noticiadas na Alemanha, onde foi feito um estudo que revelou que, em 122 testes antigénio analisados, 26 “enganaram” o paciente – não apresentaram resultado positivo, mesmo quando a pessoa apresentava uma carga viral evidente. Traduzindo em percentagem: mais de 21 por cento dos testes rápidos não eram confiáveis.

 

Por Nuno Teixeira da Silva, originalmente publicdo por Planeta ZAP //

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